O “Gabinete de Curiosidades” é uma proposta de criação artística a partir do espaço que nos rodeia e de todos aqueles que nele habitam. Potencialmente de todos.

As oitenta criações de onze artistas diferentes para o Gabinete  reúnem-se cuidadosamente registadas nesta catálogo.

40 criações artísticas, mais definíveis como plásticas, a partir de outras tantas espécies de flora.

Arquivadas dentro de gavetas de madeira, estas quarenta obras criadas por Liliana Velho, são divididas por três gabinetes feitos à medida.
Os visitantes são convidados a explorar e descobrir cada uma das espécies abrindo as gavetas etiquetadas.

40 criações artísticas gráficas, a partir de espécies de fauna

Com o intuito de representar alguns habitats e alguns dos múltiplos vizinhos que nos rodeiam, o convite endereçado aos dez artistas que criaram as suas visões sobre e quanto a esses e essas vizinhanças (umas próximas, outras mais distantes) apenas pedia que fossem, nas suas criações, “identificáveis” os retratados.

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Não somos, verdadeiramente, parte conjunta de um “algo” se não soubermos quem está e como a/o encarar ou designar. O nome é relevante. O nome individualiza. O nome é – parece-nos – parte do respeito que devemos a quem se cruza conosco e com quem nos cruzamos de volta.
Para primeiro e segundo ciclos, as apresentações do Gabinete de Curiosidades ajuda-nos a tornar-nos familiares com os seres e a flora que nos rodeia.

Artistas

Liliana Velho

(Lisboa, 1985) é artista visual, formada em Escultura na Universidade de Belas Artes de Lisboa (2009), possui o mestrado em Ensino das Artes Visuais pela ARCA, Coimbra (2012) e actualmente frequenta o 2º ano do Doutoramento em Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes do Porto (2021). Trabalha na Rede de Museus Municipais de Viseu, e é formadora no PEEA, Programa de Educação Estética e Artística a nível nacional. Trabalha também assiduamente como formadora, na Associação Oficinas do Convento, em Montemor-o-Novo. Nos últimos anos, tem-se dedicado à escultura em cerâmica, escolhendo o barro como o material mais importante da sua prática. É artista representada pela ZeTGallery, em Braga, destacando-se na área da cerâmica a exposição colectiva “2 ou 3 choses que je sais d’elle” realizada em 2021. Expõe regularmente, em exposições individuais e em colectivos de arte colaborando com outros artistas. 

Delfim Ruas

Delfim Ruas nasceu em 1989, em Viseu, quatro dias antes da queda de um muro. Licenciou-se em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto em 2012 tendo completado posteriormente o Mestrado em Ilustração pelo ISEC de Lisboa em 2015. Trabalha como ilustrador e concept artist e expõe regularmente, tanto a título individual como coletivo, desde 2009. Concilia a prática da Ilustração com um outro lado sempre presente: o da investigação histórica. Colabora com editoras nacionais como a Leya ou a Porto Editora, revistas como a Visão História e marcas como a Yorn. Também fez posters para cinema e integrou em expedições que levantaram património natural e cultural de Trás-Os-Montes a Marrocos no âmbito das atividades desenvolvidas pela associação Grupo do Risco. Em 2019 ganhou o primeiro prémio do 12º Encontro Internacional de Ilustração de S. João da Madeira. Delfim Ruas ilustrou o título Carolina Beatriz Ângelo. Um Pequeno Grande Gesto de Coragem, da colecção Grandes Vidas Portuguesas, uma coedição Pato Lógico/Imprensa Nacional.

Zétavares

(Beira, Moçambique. 1967). Curso de Artes Visuais da ARCA / ETA. Participação em exposições colectivas de pintura enquanto aluno da Arca e membro fundador do grupo de pintura “Anúncio Solúveis”. Ilustra semanalmente desde 2020 em publicações online, em colaboração com Sara Figueiredo Costa. Ilustrador de vários livros infantis, de poesia e alguns manuais escolares. Responsável pela programação artística da Galeria do Novo Ciclo ACERT. Co-projectista e responsável plástico por múltiplos projectos de Teatro de Rua, destacando-se o projecto “Memoriar” (Agigantamento do Ciclista – Boneco tradicional – Máquina de peregrinar para o evento regular diurno da Expo’98 e Expo 2000 em Hannover – Produção do Trigo Limpo teatro ACERT). “Golpe d’Asa”, “Pinóquio”, “A Viagem do Elefante’ (criação do Trigo Limpo teatro ACERT e parceria da Fundação José Saramago), entre outros. Cenógrafo do Trigo Limpo Teatro ACERT desde 1996, nesta qualidade assinou e/ou colaborou em mais de 40 cenografias desta companhia. Igualmente assumiu responsabilidades no domínio da cenografia de espetáculos de Peripécia Teatro, Teatro A Barraca, Cooperativa Bonifrates, TMG, CITEC, entre outros. Como designer gráfico tem produzido trabalho para a ACERT e outras entidades culturais, das quais se destacam: A Barraca, A Teia – Grupo de teatro de Alvarim, Arthobler – Galeria de Arte Contemporânea, Câmara Municipal da Guarda, Peripécia Teatro, Teatro Reg. da Serra de Montemuro.  

L Filipe dos Santos

L. Filipe dos Santos é um ilustrador português, natural de Viseu. Desde 2006, tem vindo a realizar trabalhos de ilustração para distintas áreas, como imprensa editorial periódica, livros infantojuvenis, ilustração para o mercado musical, etc. Fez trabalhos para a Newsweek (E.U.A.), Editora Abril (Brasil), Essence Music (Brasil), Club Leteo (Espanha), Naranjah (Israel), Edições Asa, Porto Editora, Diário de Notícias, Sapec Portugal, entre muitos outros clientes. A par do seu trabalho comercial, mantém um vasto leque de ilustrações pessoais, nas quais experimenta diversas técnicas e temáticas, onde, além da figura humana, surgem como constantes, a improvisação e a espontaneidade.

Ana Sofia Gonçalves

(Lisboa, 1979) Licenciada em Artes Plásticas – Pintura (Faculdade de Belas Artes de Lisboa, 2003). Mestre em Ensino das Artes Visuais (UL, 2012). Expõe na Galeria Trema, em Lisboa, e na Galeria Trindade, no Porto. Participou em diversas exposições coletivas, entre as quais, a Artelisboa – Feira Internacional de Arte Contemporânea e a Just Mad. Colabora com a Bordallo Pinheiro e com a Vista Alegre em projetos de ilustração. Ilustrou os livros “A princesa que veio da lua”, “Queres namorar comigo?” e “Diário de um migrante” – que a levou a duas missões de voluntariado na Grécia, com crianças refugiadas através da PAR, e que foi adaptado para teatro pela Companhia JMG, do qual realizou a cenografia, figurinos e adereços. Ilustrou o livro “Bordalo, o que tens para contar?” (Museu Bordallo Pinheiro). Tem realizado diversos cenários para projetos de Fernando Alvim: Bar Inferno, Ikea, Festival Termómetro, Monstros do Ano e Prova Oral – Antena 3; e a cenografia do programa “É a vida Alvim” (canal Q). Colaborou com o Teatroesfera e o Teatro Ibérico, com a cenografia, adereços e figurinos de “O meu pai é um homem pássaro”; “Diário de um migrante” e “O Guardador de sonhos”. Realizou a cenografia e adereços do espetáculo imersivo “Alice – o outro lado da história”, para a produtora Panorâmica 35 – Films. Colabora com a agência H2N – Cuture Connectors, realizando cenografia de eventos e ativações publicitárias (Hendrick’s Gin, Cerveja Bohemia, Grupo José Avillez, entre outras).

Pedro Pires

Nascido em Luanda (1978, Angola). É representado pela Gallery Momo (África do Sul). Possui o mestrado em Fine Arts, atribuído pelo Central Saint Martins College of Design (Londres, Reino Unido). Licenciado (2005) em Escultura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (Portugal). Em 2004 foi-lhe atribuída uma Bolsa ERASMUS em Belas Artes, para a Universidade de Atenas. No seu trabalho explora questões sobre identidade e estereótipos em relação direta com Educação, História e Instituições. Este interesse vem da sua experiência pessoal enquanto Angolano e Português. Explora a sua identidade e posição política, social e económica destes dois países e continentes. Usa diferentes meios, técnica e objetos do quotidiano que são fortemente utilitários e produzidos e massa, para construir vários significados figurativos e conceptuais de identidade em diferentes sociedades. Há uma constante preocupação em pensar sobre assuntos locais e globais, usando referências de contextos tradicionais, populares, locais ou estrangeiros. Conta com mais de 10 anos de carreira artística, com obra pública, tendo o seu trabalho já sido exposto em locais como: Museu de Belas Artes de Montreal, Canada; Somerset House – 1:54 Art Fair, London; Grand Palais – ArtParis Art Fair, Paris; Gallery Momo, Johannesburg e Cape Town; Arsenale di Venezia, Venice; ELA – Espaço Luanda Arte, Luanda; PS Art Space, Perth; entre outros. Efetuou residências artísticas de elevado prestígio como Jaango, Luanda, e Delfina Foundation, Londres.

Steven Barich

Steven Barich é um artista e educador americano que vive atualmente em Portugal. A sua prática artística emprega temas e/ou regras para orientar diretamente o resultado da imagem ou objeto – de modo a que possa ser descrito com as palavras: reverberação, abstrato, massa negativa, padrão habitual, estrutura impossível, desmultiplicado em um. As formas manifesto em desenho, colagem, escultura e texto, são comumente apresentados, lado a lado, numa única exposição. Estudou no California College of Arts & Crafts (CCA) em Oakland, Califórnia, EUA, mais tarde obtendo um MFA em Pintura e Escultura do Mills College em Oakland, Califórnia. Expôs em numerosos espaços desde exposições alternativas dirigidas por artistas até museus da cidade, com intervenções periódicas realizadas no espaço público. Atualmente vive e trabalha no projeto Moinhos do Dão – Eco Quinta.

Beatriz Rodrigues

Beatriz Dias Rodrigues, filha de pais emigrantes nasceu em Paris. O seu lado materno pertence ao Espinhal e é onde agora vive desde que deixou Lisboa. Professora formada na área das Artes, desenvolve trabalho artístico em diversas áreas: artes plásticas, música, escultura… É tatuadora e apicultora, tem dois burros e um atelier de artes no Sabugal onde também dá aulas de desenho, pintura e dinamiza alguns workshops.

Rosário Pinheiro

Viseu 1988. Licenciada em Design Multimédia /Universidade da Beira Interior, e mestre em Design /Universidade de Aveiro. Entre 2011 e 2012 colabora com o estúdio Lodo Concepts, e ingressa como criadora de conteúdos multimédia na editora Leya. Em 2013 regressa a Viseu, onde trabalha como designer e ilustradora, colaborando com entidades como o Museu Marítimo de Ílhavo, Comédias do Minho, Estaleiro Teatral de Aveiro, Cineclube de Viseu, Edições Asa, Texto editora, Caminho, D.Quixote, Teatro Viriato, Lavrar o Mar e Município de Viseu. Publicações: “Não acordem os Pardais”, Nuno Camarneiro ,D. Quixote 2015. “Ponto por Ponto” manual escolar, Texto Editora, 2016. “Quem vem lá?”, Rui de Almeida Paiva, Caminho 2019. “Beira Ilustre” Liliana Castilho e João Nunes, edição de autor, 2020. “O Refúgio” Helena Almeida, Edições Esgotadas, 2021. Exposições selecionadas: “Não és tu, sou eu”, Aveiro 2012. “Heart Break Hotel” Penafiel 2013. “Festa da Música” Lousã 2013. “Coral” texto de Sophia de Mello Breyner, Tondela 2013. “É preciso cantar (…)” texto de Herberto Hélder, Viseu 2013. “Sapateia Açoreana” texto de Vitorino Nemésio, Açores 2014. “Metanoia” texto de Adília Lopes, Viseu 2014. “Ilustrados pela Palestina”, Brasil, 2014. “A Desumanização” texto de Valter Hugo Mãe, Porto 2015. “Mãos que Prestam” Porto 2015. “Imaginários Ilustrados” texto de Ana de Castro Osório, Viseu 2016. “Cabeçudos” Viana do Castelo 2016. “Uma menina não II”, Santo Tirso, 2018.

Liliana Bernardo

Liliana Bernardo nasce em Vila Verde, 1988, cedo muda-se para a zona da Serra da Estrela. Em 2008 ingressa no curso de Educação Artística da Escola Superior de Educação de Portalegre onde surge o gosto pela ilustração e música. Em 2011, faz estágio curricular nos Artistas Unidos em Lisboa. Em 2012 é selecionada num concurso de ilustração para o artwork do Álbum “Não se deitam comigo corações obedientes” d’A Naifa. Desde então, participa em várias exposições individuais e coletivas de ilustração. Atualmente reside em Viseu onde desenvolve colaborações com projetos da região como, Só Sabão/Amor Luso e Pharmácia das Ervas, para os quais concebe vários desenhos/ilustrações para embalagens. No âmbito do festival Jardins Efémeros de 2022, dirigiu a oficina de artes plásticas: “A Fábrica da imagem”, uma corrente de criação emocionante que cria desenhos que voam para todos os lados, mais tarde as obras são usadas na produção da exposição “- OPEN GALLERY – Como criar a Exposição Ideal?”. O seu trabalho tem sido exposto ao longo dos anos, destacando-se as exibições “Filhas da Mãe” 2012, Casa da Cultura, Fafe; “Metanoia” 2014, Jardins Efémeros, Viseu e “A imensidão da Natureza” 2022, Fundação Lapa do Lobo.

Joana Corker

(n. 1980) Natural e residente em Coimbra. Licenciada, em 2003, em Design de Comunicação na ARCA – Escola Universitária de Artes de Coimbra, o seu trabalho de design é caracterizado por uma forte componente de ilustração. Entre 2005 e 2006 frequentou o workshop de ilustração cientifica leccionado pelo Professor e Ilustrador Pedro Salgado na Universidade de Belas Artes de Lisboa. Em 2018 apresentou uma exposição individual de ilustração baseada no material gráfico de lojas da Baixa de Coimbra – “Baixagrafia” e, em 2021, a exposição “A volta à quarentena em 80 dias”, a qual resultou na edição do respectivo livro. Em 2020 organizou, conjuntamente com a associação cultural Casa da Esquina e a APBC – Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, o evento “Rua Marquise” onde 9 ilustradores foram convidados a intervir em 9 montras de estabelecimentos comerciais do centro de Coimbra. Este evento terá uma segunda edição em Dezembro de 2021. Paralelamente, fundou e integra outras estruturas culturais, nomeadamente, o projecto musical Birds Are Indie e a associação cultural sem fins lucrativos – Lugar Comum, assegurando toda a componente de comunicação das mesmas.

Ficha Técnica

COORDENAÇÃO GERAL E ARTÍSTICA: Rui Macário
COORDENAÇÃO CIENTÍFICA: Sónia Ferreira
COORDENAÇÃO GRÁFICA: Luís Belo
COORDENAÇÃO TÉCNICA E LOGÍSTICA: Nuno Rodrigues
APOIO À PRODUÇÃO E PROCESSOS DE MEDIAÇÃO: Ana Seia de Matos e Liliana Castilho

SOCIAL MEDIA MANAGER: Inês Ferreira
CRIAÇÕES ARTÍSTICAS DE: Ana Sofia Gonçalves; Beatriz Rodrigues; Delfim Ruas; Joana Corker; L Filipe dos Santos; Liliana Bernardo; Liliana Velho; Pedro Pires; Rosário Pinheiro; Steven Barich; Zétavares

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